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By Ferramentas Blog

Carta Renúncia de Arthur Richardisson ao Cargo de Coordenador de Comunicação Social do Centro Acadêmico Manoel Mattos Direito-UFPB


É com muito orgulho que direi por toda minha vida, ter feito parte da fundação do Centro Acadêmico Manoel Mattos, tendo participado da Gestão “Abrindo Caminhos”, no Cargo de Coordenador dos Representantes de Turma, em grupo com amigos que hoje estão no P5 e P6, únicos períodos existentes na época, Amigos estes que foram se afastando aos poucos da Gestão, alguns por causa das ocupações decorrentes do avançar do curso de Direito, outros também, por não simpatizarem com a política do Movimento Estudantil, mas que unidos, conseguimos as primeiras conquistas do CAMM, como exemplo o Estatuto e a realização da Primeira Semana Acadêmica do Curso. Agora estamos retornando enquanto oposição legítima,para continuarmos a luta,não que estivéssemos parados.

Na Vacância dos cargos, militantes interessados nas causas do Movimento Estudantil, foram se aproximando e ocupando os espaços da Gestão, Felipe Medeiros e Eu fomos os únicos que permaneceram do início da gestão, com um novo grupo formado, muitas foram às conquistas, como Xerox, biblioteca, entre outras também de destaque. Com o término do mandato anual da Gestão Abrindo Caminhos, chegou o período eleitoral, murmurando uma pequena oposição, propensa a formar uma nova chapa, a qual não obteve êxito, por não conseguir o número necessário de integrantes para formação da tal, acontecendo uma eleição com Chapa Única, o que impossibilitou uma alternância de poder.
Participei da formação da Chapa “Todos os Gritos Vão Desafiar” já como Coordenador de Comunicação Social, com frações dissidentes, acreditando ser possível fazer uma oposição interna, representando interesses muitas vezes divergentes da tendência majoritária; para que, na formação de um grupo heterogêneo, a Gestão não viesse a tomar atitudes mais rigorosas e opostas aos interesses da maioria dos seus representados. O labor foi grande, e em muitas causas o sucesso não foi logrado, visto que internamente representava uma tendência minoritária, enquanto que externamente, como todos discentes sabem, representava a grande maioria, e por ser minoria, algumas vezes tive que abdicar dos interesses os quais representava, para ter que lutar por deliberações do coletivo. Não me arrependo de nada, pois em toda minha luta, dediquei as renúncias ao prazer maior de servir o próximo.
Serei eternamente grato a Chapa e ao Grupo do Movimento Estudantil que até o momento fiz parte, através de alianças, serei grato às experiências políticas, serei grato às amizades construídas e serei grato às lutas vencidas. Saibam caros amigos que na vida pública e política perfaz mais que amizades, estas que espero que permaneçam e serei eternamente leal, e espero mais que nunca, que como pretendia Sérgio Buarque de Holanda, a esfera pública não se confunda com a esfera privada, porém na vida pública, sendo representante de um grupo, a minha lealdade devo ao qual fui eleito para representar.
Pelo clamor deste grupo, e por não compartilhar dos mesmos ideais da presente chapa, mesmo nela tendo permanecido, por certo tempo, tentando levar uma visão oposta, sendo muitas vezes ironizado, sinto-me na posição e condição de fazer parte de uma eventual oposição, não por oportunismo, mera conveniência ou interesse pessoal; pois aos amigos que muito bem me conhecem, isto não faz parte da minha índole. Entretanto, continuar nesta chapa seria trair os acadêmicos de direito, que depositaram seus votos de confiança na minha pessoa, enquanto um dos representantes da Chapa “Todos os Gritos Vão Desafiar”, e seria trair a minha pessoa, os meus princípios, os meus ideais, e não existe traição pior, e de maior repúdio , que trair a si mesmo , ao próximo , a um amigo, em uma espécie de cordialismo que faria da política o campo das relações pessoais ,sem levar em consideração as leis e os interesses dos representados sem critérios de verdade e justiça definidos.
Pensei muito na decisão que ora comunico e ainda no que dizer sobre minha decisão. Permanecer no CAMM, com pretensões em fazer oposição externa, seria uma traição não só ao grupo, mas também a cada amigo que nele está inserido e por ele luta. Traição perfídia, que é grave e imperdoável defeito moral e político, não fazendo parte do meu caráter. Jamais seria um Joaquim Silvério dos Reis, a síntese suprema do traidor, o mais vil de todos os que renegaram amigos e ideais, para mudar de lado, logo em pleno Dia de Tiradentes.
Assusta-me a ideia de não permanecer em um projeto até o fim, mas me tranquiliza a certeza, de que quando fiz parte deste projeto, exerci a função da forma que deveria, com tudo que poderia. Sinto a sensação de dever cumprido, ao ter satisfeito os atos que coletivamente foram possíveis de serem realizadas, muitas foram às lutas vencidas em coletivo, porém agora o clamor dos representados se faz mais alto, o meu interesse pessoal de nada vale, se não for de acordo com o interesse do grupo o qual devo representação, não permanecerei em um projeto no qual a opinião da maioria não vem sendo levada em consideração, descontentando maior parte dos seus representados.
Parto agora para uma oposição externa. Estarei ao lado de amigos diários, amigos de ideias e ideais, amigos de interesses, aliados políticos, amigos que iniciaram esta luta com a comunidade acadêmica, e amigos dos novos períodos do curso que estão unidos com o nosso grupo, convido agora você que ler esta Carta Renúncia a fazer uma oposição de ideais, de valores, de lealdade, coragem, trabalho, no Grupo Mudar Direito.
Peço a todos da oposição, força, para enfrentar as dificuldades que certamente virão; Peço também que aos que venham suceder a gestão todos os gritos vão desafiar, que preservem o nome Manoel Mattos, no Centro Acadêmico, aos que se interrogam o porquê deste pedido, leiam a Nota de Um Ano de Federalização do Caso Manoel Mattos, onde tem um pequeno relato, sobre a sua história http://camanoelmattos.blogspot.com.br/2011/11/um-ano-da-federalizacao-do-caso-manoel.html. Peço aos Integrantes da Gestão Todos os Gritos Vão Desafiar,que me deixem permanecer no Grupo  Do Facebook do CAMM,para que em uma maior transparência,a oposição possa acompanhar as discussões levantadas pela Gestão.
Aos que pretendem fazer uma oposição com a frase de que “nada é melhor do que está”, quero deixar bem claro que não sejamos hipócritas em não reconhecer o trabalho árduo, as lutas e renúncias da presente gestão, mesmo discordando deles em diversos posicionamentos, assim vamos ficar com uma frase, ”trabalhar eles trabalham muito, mas nós queremos trabalhar de outra forma, representando assim, legitimamente os interesses do corpo discente em sua clara maioria”.



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João Pessoa, 21 de abril de 2012.




Ao
Centro Acadêmico Manoel Mattos

Renúncia da Coordenação de Comunicação Social



Senhores Coordenadores do Centro Acadêmico Manoel Mattos

Comunico a Vossas Senhorias minha renúncia ao cargo de Coordenador de Comunicação Social que ocupo desde 2011 e tem validade até o término do período 2012.1.

Na oportunidade, informarei no anexo às razões que me levaram a esta decisão.

Assim sendo, ratifico minha renúncia ao cargo de Coordenador de Comunicação Social do Centro Acadêmico Manoel Mattos e, ao ensejo, apresento minhas justificativas, com uma breve narração dos fatos.


Sem mais para o momento, subscrevo-me.··.


Atenciosamente,


Arthur Richardisson Evaristo Diniz
Estudante de Direito Ingresso em 2010.1 de Matrícula: 11016542
Coordenador de Comunicação Social

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