É com muito orgulho que direi por
toda minha vida, ter feito parte da fundação do Centro Acadêmico Manoel Mattos,
tendo participado da Gestão “Abrindo Caminhos”, no Cargo de Coordenador dos
Representantes de Turma, em grupo com amigos que hoje estão no P5 e P6, únicos
períodos existentes na época, Amigos estes que foram se afastando aos poucos da
Gestão, alguns por causa das ocupações decorrentes do avançar do curso de Direito,
outros também, por não simpatizarem com a política do Movimento Estudantil, mas
que unidos, conseguimos as primeiras conquistas do CAMM, como exemplo o
Estatuto e a realização da Primeira Semana Acadêmica do Curso. Agora estamos
retornando enquanto oposição legítima,para continuarmos a luta,não que
estivéssemos parados.
Na Vacância dos cargos,
militantes interessados nas causas do Movimento Estudantil, foram se
aproximando e ocupando os espaços da Gestão, Felipe Medeiros e Eu fomos os
únicos que permaneceram do início da gestão, com um novo grupo formado, muitas
foram às conquistas, como Xerox, biblioteca, entre outras também de destaque. Com
o término do mandato anual da Gestão Abrindo Caminhos, chegou o período eleitoral,
murmurando uma pequena oposição, propensa a formar uma nova chapa, a qual não
obteve êxito, por não conseguir o número necessário de integrantes para
formação da tal, acontecendo uma eleição com Chapa Única, o que impossibilitou
uma alternância de poder.
Participei da formação da Chapa “Todos
os Gritos Vão Desafiar” já como Coordenador de Comunicação Social, com frações dissidentes,
acreditando ser possível fazer uma oposição interna, representando interesses
muitas vezes divergentes da tendência majoritária; para que, na formação de um
grupo heterogêneo, a Gestão não viesse a tomar atitudes mais rigorosas e
opostas aos interesses da maioria dos seus representados. O labor foi grande, e
em muitas causas o sucesso não foi logrado, visto que internamente representava
uma tendência minoritária, enquanto que externamente, como todos discentes
sabem, representava a grande maioria, e por ser minoria, algumas vezes tive que
abdicar dos interesses os quais representava, para ter que lutar por
deliberações do coletivo. Não me arrependo de nada, pois em toda minha luta,
dediquei as renúncias ao prazer maior de servir o próximo.
Serei eternamente grato a Chapa e
ao Grupo do Movimento Estudantil que até o momento fiz parte, através de alianças,
serei grato às experiências políticas, serei grato às amizades construídas e
serei grato às lutas vencidas. Saibam caros amigos que na vida pública e
política perfaz mais que amizades, estas que espero que permaneçam e serei
eternamente leal, e espero mais que nunca, que como pretendia Sérgio Buarque de
Holanda, a esfera pública não se confunda com a esfera privada, porém na vida pública,
sendo representante de um grupo, a minha lealdade devo ao qual fui eleito para
representar.
Pelo clamor deste grupo, e por
não compartilhar dos mesmos ideais da presente chapa, mesmo nela tendo permanecido,
por certo tempo, tentando levar uma visão oposta, sendo muitas vezes ironizado,
sinto-me na posição e condição de fazer parte de uma eventual oposição, não por
oportunismo, mera conveniência ou interesse pessoal; pois aos amigos que muito
bem me conhecem, isto não faz parte da minha índole. Entretanto, continuar
nesta chapa seria trair os acadêmicos de direito, que depositaram seus votos de
confiança na minha pessoa, enquanto um dos representantes da Chapa “Todos os
Gritos Vão Desafiar”, e seria trair a minha pessoa, os meus princípios, os meus
ideais, e não existe traição pior, e de maior repúdio , que trair a si mesmo , ao
próximo , a um amigo, em uma espécie de cordialismo que faria da política o
campo das relações pessoais ,sem levar em consideração as leis e os interesses
dos representados sem critérios de verdade e justiça definidos.
Pensei muito na decisão que ora
comunico e ainda no que dizer sobre minha decisão. Permanecer no CAMM, com
pretensões em fazer oposição externa, seria uma traição não só ao grupo, mas
também a cada amigo que nele está inserido e por ele luta. Traição perfídia, que
é grave e imperdoável defeito moral e político, não fazendo parte do meu
caráter. Jamais seria um Joaquim Silvério dos Reis, a síntese suprema do
traidor, o mais vil de todos os que renegaram amigos e ideais, para mudar de
lado, logo em pleno Dia de Tiradentes.
Assusta-me a ideia de não
permanecer em um projeto até o fim, mas me tranquiliza a certeza, de que quando
fiz parte deste projeto, exerci a função da forma que deveria, com tudo que
poderia. Sinto a sensação de dever cumprido, ao ter satisfeito os atos que
coletivamente foram possíveis de serem realizadas, muitas foram às lutas
vencidas em coletivo, porém agora o clamor dos representados se faz mais alto, o
meu interesse pessoal de nada vale, se não for de acordo com o interesse do
grupo o qual devo representação, não permanecerei em um projeto no qual a
opinião da maioria não vem sendo levada em consideração, descontentando maior
parte dos seus representados.
Parto agora para uma oposição
externa. Estarei ao lado de amigos diários, amigos de ideias e ideais, amigos
de interesses, aliados políticos, amigos que iniciaram esta luta com a
comunidade acadêmica, e amigos dos novos períodos do curso que estão unidos com
o nosso grupo, convido agora você que ler esta Carta Renúncia a fazer uma
oposição de ideais, de valores, de lealdade, coragem, trabalho, no Grupo Mudar
Direito.
Peço a todos da oposição, força,
para enfrentar as dificuldades que certamente virão; Peço também que aos que
venham suceder a gestão todos os gritos vão desafiar, que preservem o nome
Manoel Mattos, no Centro Acadêmico, aos que se interrogam o porquê deste pedido,
leiam a Nota de Um Ano de Federalização do Caso Manoel Mattos, onde tem um
pequeno relato, sobre a sua história http://camanoelmattos.blogspot.com.br/2011/11/um-ano-da-federalizacao-do-caso-manoel.html.
Peço aos Integrantes da Gestão Todos os Gritos Vão Desafiar,que me deixem
permanecer no Grupo Do Facebook do
CAMM,para que em uma maior transparência,a oposição possa acompanhar as
discussões levantadas pela Gestão.
Aos que pretendem fazer uma
oposição com a frase de que “nada é melhor do que está”, quero deixar bem claro
que não sejamos hipócritas em não reconhecer o trabalho árduo, as lutas e
renúncias da presente gestão, mesmo discordando deles em diversos
posicionamentos, assim vamos ficar com uma frase, ”trabalhar eles trabalham
muito, mas nós queremos trabalhar de outra forma, representando assim,
legitimamente os interesses do corpo discente em sua clara maioria”.
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João Pessoa, 21 de abril de 2012.
João Pessoa, 21 de abril de 2012.
Ao
Centro Acadêmico Manoel Mattos
Renúncia da Coordenação de Comunicação Social
Senhores Coordenadores do Centro Acadêmico Manoel Mattos
Comunico a Vossas Senhorias minha renúncia ao cargo de Coordenador de Comunicação Social que ocupo desde 2011 e tem validade até o término do período 2012.1.
Na
oportunidade, informarei no anexo às razões que me levaram a esta decisão.
Assim sendo, ratifico minha renúncia ao cargo de Coordenador de Comunicação Social do Centro Acadêmico Manoel Mattos e, ao ensejo, apresento minhas justificativas, com uma breve narração dos fatos.
Sem mais para o momento, subscrevo-me.··.
Assim sendo, ratifico minha renúncia ao cargo de Coordenador de Comunicação Social do Centro Acadêmico Manoel Mattos e, ao ensejo, apresento minhas justificativas, com uma breve narração dos fatos.
Sem mais para o momento, subscrevo-me.··.
Atenciosamente,
Arthur Richardisson Evaristo Diniz
Estudante de Direito Ingresso em 2010.1 de Matrícula: 11016542
Coordenador de Comunicação Social
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Arthur Richardisson Evaristo Diniz
Estudante de Direito Ingresso em 2010.1 de Matrícula: 11016542
Coordenador de Comunicação Social
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