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Esperança...
Esperança escrevo de um lugar,
Que no momento não quero me encontrar,
Mas em um dia distante sei que vou participar.
É manhã, vou à missa na capelinha que Dom Palmeira irá celebrar,
Solidário vou ao hospital que Padre Zé e as irmãs estão a cuidar,
Chegou à hora do jogo, José Ramalho estava lá,
Vou tomar meu banho na lagoa, para o corpo descansar,
Em casa as músicas de Diogo fui escutar,
Com o jornal de Jacintão a folhear,
Minha mãe manda ir a seu Didi para comprar,
A boneca de Angelita para minha irmã brincar,
Na volta passo na farmácia de João Mendes,
Também passo nos bosques de Lírio Verde onde Silvino está a se inspirar,
Chega à noite, no cinema do Titico vou paquerar,
Aquelas lindas moças, que de Esperança, estão a participar...
E a Esperança dos que se eternizaram,
Quero que fique na minha viagem, e nas lembranças dos que ficaram...
Arthur Richardisson
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Esperança , minha amada...
Esperança
Cadê teus bailes de carnavais nos clubes
Cadê teus carros de samba bem rudes
Cadê teus São Joãos com Luiz
Cadê teus cinemas, a que meu avô me diz
Esperança
Procuro o açude dos índios e não encontro
Procuro as casas antigas e desencontro
E o que procuro não acho
E quando não procuro me embaraço
Esperança
Encontrei tuas grandes empresas
Encontrei teu rico comércio
Encontrei tua agricultura sustentável
Encontrei os amigos que não empresto
Esperança, numa Esperança perdida,
Nas linhas do tempo, incompreendida
Achei a Nova esperança construída
Arthur Richardisson